Erenice Guerra mesmo demitida mantém cargos em duas importantes estatais
Erenice Guerra perdeu o posto de ministra-chefe da Casa Civil em meio ao escândalo de lobby e tráfico de influência no ministério, mas continua a exercer funções em duas importantes estatais: a Eletrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com salário de 5.122 reais mensais para participar de uma reunião a cada três meses, Erenice ocupa uma das onze vagas no Conselho de Administração do BNDES, sob indicação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, comandado por Miguel Jorge. A estatal está no centro do esquema de lobby montado pelo filho da ex-ministra, Israel Guerra. Erenice fazia parte do Conselho Fiscal do BNDES desde abril de 2008. No dia 13 de maio último, o Diário Oficial informou a exoneração dela desta vaga e a nomeação, no mesmo dia, para um conselho mais importante dentro do banco, o de Administração. Substituiu ali vaga deixada pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O decreto é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-chefe da Casa Civil também aparece como conselheira de administração da Eletrobras e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), com gratificação de 3.800 para participar de uma reunião mensal.
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