Crianças cujas mães passaram a gestação vivendo perto de torres de telefonia celular não parecem correr risco maior de câncer que crianças cujas mães viviam mais longe, mostra um novo estudo. Pesquisadores britânicos analisaram 1.397 casos de câncer em crianças com até quatro anos, de 1999 a 2001, no Reino Unido. Usando um registro nacional de nascimentos, identificaram 5.588 crianças da mesma faixa, mas sem câncer. Em seguida, compararam a distância que separava a casa da mãe de cada criança da torre de celular mais próxima, e a intensidade do sinal. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos. O estudo foi financiado por uma comissão independente, organizada para fornecer fundos para pesquisas sobre os efeitos da comunicação móvel sobre a saúde e montada pelo departamento britânico de saúde e pela indústria da telefonia celular. Paul Elliott, principal autor do estudo, foi membro do comitê de gerenciamento da comissão. A pesquisa foi publicada hoje quarta-feira, 23, pelo British Medical Journal (BMJ). "É reconfortante", disse Elliott, professor de Epidemiologia e Saúde Pública do Imperial College London. "Com base em nossos resultados, as pessoas que vivem perto de estações de telefonia celular não devem pensar em se mudar por questão de saúde". Desde que o estudo foi realizado, muitas outras torres de telefonia celular foram construídas no Reino Unido, com a chegada da tecnologia 3G. A exposição à radiofrequência das torres é muito menor que a exposição aos telefones. Elliott e colegas estimaram que 24 horas de exposição a uma torre equivale a meia hora de uso de celular. No mês passado, os resultados de um grande estudo sobre a ligação entre o uso de celular e câncer basicamente rejeitou essa possibilidade, embora não tenha sido capaz de eliminá-la por completo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário