quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Motoqueiros na Nigéria usam porongo espécie de cabaça como capacete

Motociclistas da Nigéria estão usando cabaças secas como capacetes improvisados para tentar driblar a nova lei de obrigatoriedade do equipamento. Autoridades da cidade de Kano, no norte do país, afirmaram que pararam várias pessoas com os "capacetes improvisados", depois da introdução da nova lei no primeiro dia do ano de 2009. Os motociclistas usavam a parte de baixo da casca ressecada de um tipo cabaça, conhecida aqui no Brasil como porongo. Estas cascas depois de secas se tornam realativamente resistentes e são muito usadas na região para carregar líquidos. "Estamos apreendendo as motocicletas e queremos levar estes motociclistas à Justiça para que eles expliquem porque eles pensam que usar uma cabaça (como capacete) garante sua segurança", afirmou. Até o momento 50 motocicletas foram apreendidas apenas em Kano, segundo Garba. Em todo o país milhares de motos foram apreendidas e os motociclistas nigerianos já fizeram protestos. Uma das categorias mais atingidas pela lei é a dos motociclistas que oferecem serviços mototáxis, bastante populares nas ruas congestionadas e caóticas dos centros urbanos nigerianos. Com a introdução da nova lei no dia 1º de janeiro, vários mototaxistas insatisfeitos, que se viram obrigados a também oferecer capacetes aos seus passageiros, realizaram protestos contra o preço dos capacetes convencionais, que podem chegar a US$ 29, considerado alto para os nigerianos. Uma moto, na Nigéria, pode custar US$ 290 e uma corrida curta pode custar 70 nairas, ou US$ 0,50. Os mototaxistas afirmam que os passageiros geralmente roubam os capacetes quando chegam a seus destinos. Os jornais locais também afirmam que muitos passageiros temem que os capacetes possam ser usados por motociclistas para enfeitiçá-los e facilitar o roubo. "Algumas pessoas podem colocar juju (amuleto) dentro do capacete e, quando eles são usados, a vítima pode perder a consciência", disse o passageiro Kolawole Aremo ao jornal local Daily Trust. O número de mototáxis aumentou nas grandes cidades da Nigéria nos últimos anos, o que gerou a preocupação com a segurança. Acidentes são comuns. Autoridades do setor de segurança no trânsito afirmam que quase todas as colisões nas cidades nigerianas envolvem um mototaxistas. Mais de 4 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito nigeriano e 20 mil ficam feridas, segundo a Comissão Federal de Segurança no Trânsito.

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