Nem a aura mítica que rodeia a Harley Davidson foi suficiente para garantir que a empresa escapasse ilesa à crise econômica mundial. A fabricante norte-americana de motos vai fechar algumas unidades de produção e despedir 1100 trabalhadores, depois de ter apresentado resultados piores do que o inicialmente previsto. A Harley Davidson pretende cortar a sua produção até 13 por cento este ano, depois de já no passado ter reduzido os níveis de fabricação. Paralelamente, vai cortar 1100 postos de trabalho em 2009 e 2010, o que corresponde a 12 por cento do numero de funcionários. “Temos um mercado sólido, graças a uma marca única e poderosa, mas não estamos certamente imunes ao ambiente econômico atual”, admitiu o diretor-geral da Harley Davidson, Jim Ziemer, em comunicado a imprensa. Entre Outubro e Dezembro a Harley Davidson registrou lucros líquidos de 77,8 milhões de dólares (cerca de 60,8 milhões de euros), uma queda de quase 60 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. Olhando para o ano inteiro, o seu lucro recuou 30 por cento para 654,7 milhões de dólares (cerca de 511,1 milhões de euros). A empresa vai juntar as suas duas fábricas de motores e transmissão, reestruturar os ateliers de pintura e concentrá-los numa única unidade. Além disso, vai encerrar o seu centro de distribuição de componentes e acessórios, pois os planos são de que no futuro esse serviço seja terceirizado. De acordo com a Harley Davidson, as reduções de trabalhadores vão custar à empresa algo em torno de 110 e 140 milhões de dólares. Em contrapartida, deverão gerar uma economia anual na ordem dos 60 a 70 milhões.
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