quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Estrangeiros são corvos para direita suíça

Pouco mais de um mês antes do plebiscito sobre os acordos bilaterais da Suíça com a União Européia, a União Democrática de Centro (UDC) lançou nesta terça-feira sua campanha do “não”. Em 8 de fevereiro de 2009, os suíços decidem nas urnas se mantêm os acordos e os ampliam para a Romênia e a Bulgária ou se voltam a se isolar da UE. A UDC e outros grupos de direita querem romper os acordos, argumentado que, principalmente a livre circulação de cidadãos europeus na Suíça, aumentou a criminalidade de estrangeiros no país. Grande parte do empresariado, bem como os partidos socialista, liberal, democrata-cristão e verde são favoráveis à manutenção e ampliação dos tratados. Segundo o presidente da UDC, Toni Brunner, devido à livre circulação, quem quiser pode ingressar na Suíça e desenvolver sua energia criminosa. O cartaz da campanha da direita nacionalista mostra três corvos que devoram a Suíça. Isso lembra uma campanha do ano passado, em que o partido comparou os estrangeiros a ovelhas negras e pediu restrições à imigração - uma iniciativa que acabou sendo rejeitada pelos eleitores. Quanto à livre circulação de trabalhadores europeus na Suíça, o partido está dividido: enquanto a ala direitista tende a fechar as portas do país, a ala liberal teme que um “não” isole a Suíça e, a partir dessa situação, o país seja forçado a ingressar na União Européia.

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